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Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas



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A balança comercial é um dos principais indicadores para análise econômica, servindo como parâmetro para todos os bens exportados e importados entre diferentes nações, possuindo uma relação direta com o produto interno bruto (PIB).

Baixe aqui o BOLETIM CONJUNTURA ECONÔMICA desta semana.

Países em desenvolvimento, como o Brasil, têm como base das suas exportações produtos básicos. Desagregando para Alagoas, a produção do estado é voltada para produtos semimanufaturados, como é o caso do açúcar da cana, produzido na região Leste do estado, um produto ligado a historicidade local, que se mantém um dos principais produtores da Cana de Açúcar. 

De acordo com o Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), nos primeiros dias de setembro, a Balança Comercial do Brasil apresentou superávit US$ 1,539 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 4,811 bilhões e importações de US$ 3,272 bilhões.

Houve crescimento de 12,9%, em virtude do aumento nas vendas das três categorias de produtos: básicos +17,8%, semimanufaturados +14,6 e manufaturados  +4,0%.

A diminuição na venda de produtos semimanufaturados, -17,9%, de US$ 146,1 milhões para US$ 120,0 milhões entre eles em razão de açúcar em bruto, causaram uma queda de 4,7% nas exportações nacionais.

ALAGOAS

O estado de Alagoas possui uma estrutura produtiva pautada principalmente na agropecuária, sendo um grande exportador de açúcar da cana, produto semimanufaturado, o que representou 57% das exportações do estado no ano de 2018 e 83% até agosto de 2019, de acordo com MDIC. Teve dentre os principais destinos para exportação países como Argélia, Estados Unidos, Canadá.

Conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a balança comercial de Alagoas no primeiro semestre de 2019 não apresentou grandes modificações em relação à sua estrutura produtiva e ao padrão que tem apresentado nos últimos anos, tanto no que se refere ao conteúdo de sua pauta exportadora e importadora, quanto ao destino/origem do seu comércio.

Observa-se que, entre os meses de janeiro e agosto de 2019, os produtos manufaturados representam 86,2% das importações alagoanas, fechando em 342,31 milhões de dólares, um acréscimo de 0,4% em relação ao mesmo período de 2018. Os produtos básicos assinalaram um montante de US$ 44,45 milhões. Por fim, os produtos semimanufaturados, como o cloreto de potássio, registraram um valor de 10,5 milhões de dólares, registrando uma crescente de 40,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O principal produto exportado permanece sendo a cana-de-açúcar com aproximadamente US$159 milhões de dólares, valor muito distante do segundo maior produto exportado, o “PVC” com US$ 4,5 milhões. No entanto, quando comparados os resultados deste semestre com o mesmo período do ano passado, nota-se uma pequena melhora com relação ao resultado da produção voltada para as exportações do setor sucroalcooleiro, que vinha apresentando significativa queda de participação no comércio exterior de Alagoas no ano anterior.

Outro setor que merece destaque é o “Farelo de soja”, que aparece na terceira posição na pauta de exportações do estado, demonstrando o crescimento e a consolidação da capacidade produtiva da região na produção desse setor que vêm expandindo sua presença continuamente nos últimos anos nas terras alagoanas.

Com relação ao destino das exportações desses produtos, Argélia, Estados Unidos, Canadá e Tunísia, em ordem de importância, continuam se apresentando como os principais parceiros comerciais do estado. Um resultado importante é que a Holanda, principal destino das exportações de Alagoas no ano de 2018 não despontou entre os quatro maiores parceiros do estado neste primeiro semestre de 2019, demonstrando uma relativa queda da participação desse país nas relações comerciais do estado.

Os dados do MDIC apontam também que a principal origem das importações de Alagoas é a China, com um valor de aproximadamente U$147 milhões de dólares, seguida dos Estados Unidos e da Argentina (US$41 e US$21 milhões, respectivamente). Já no que se refere ao conteúdo importado, os produtos manufaturados lideraram substancialmente a participação na pauta com valores que somam U$101 milhões de dólares, seguidos de “Ácidos carboxílicos, adubos ou fertilizantes” (US$25,22) e “Alho e trigo em grãos” (US$17,44).

Contrapondo o cenário nacional, Alagoas vem registrando ao longo de 2019 déficits na balança comercial. Portanto, mesmo com os números elevados de produção e exportação de açúcar, o fato de uma não diversificação no setor industrial faz com que o estado necessite de um número maior de produtos importados. Esse registro deficitário nas exportações líquidas pode ser explicado também pela sazonalidade da safra de açúcar, fazendo com que em alguns meses o nível de exportação caia de forma substancial. Comparando com o mesmo período de 2018, o cenário é bastante espelhado, com níveis negativos no saldo comercial.

Esses dados quando confrontados com a pauta de exportações demonstram que as importações  no período analisado foram muito mais diversificadas e com maior grau de processamento do que produtos exportados pelo estado. Isto é, a produção voltada para o comércio internacional continua pautada em setores em que o estado possui vantagens comparativas históricas ou em novos setores do agronegócio, como a soja, e, por outro lado, continua dependente de manufaturas de maior valor agregado advindos substancialmente da China e dos Estados Unidos”, comentou a professora da Universidade Federal de Alagoas, especialista em economia internacional, Carmila Hermida.

Terça, 22 March 2016 11:18

O Fisco e os Santos do Pau Oco

George Santoro, secretário de Estado da Fazenda de Alagoas

Os fiscos se deparam, todos os dias, com novas estratégias jurídicas e de gestão dos contribuintes que buscam o aumento de suas margens de lucro. Muitas vezes ilegais, acabam afetando a competitividade entre as empresas e o próprio mercado, visto que o ganho financeiro também se dá no preço praticado.

Nesse sentido, os contribuintes regulares precisam diminuir suas margens de lucro ou desistir de investir em inovação para se manterem competitivos. A situação se transforma em um ciclo vicioso e a produtividade na economia acaba caindo.

Já víamos isso muito antes na história brasileira. Tratava-se do famoso artifício dos “santos do pau oco”, utilizados para esconder parte da produção de ouro da época. A estratégia fez com que a Coroa começasse a cobrar o quinto não mais pela quantidade de ouro produzido, mas pela quantidade de escravos empregados, afetando toda a forma de gerir os negócios e prejudicando a produção e produtividade.

Hoje, o cenário se repete e nos deparamos, cada vez mais, com empresas falsas meras fabricantes de créditos tributários e com o aumento expressivo no número de vendas sem emissão da nota fiscal. Parece haver uma espécie de crença entre os sonegadores de que suas atitudes não serão detectadas pelo fisco.

Esta crença, provavelmente, é alimentada pelo fato de os fiscos estaduais terem suprimido seus postos fiscais de controle de fronteiras para apostar no controle exclusivo por malhas fiscais, estratégia que deve ser revista pelas administrações fazendárias.

É necessário investir em controle combinado entre as ferramentas eletrônicas e físicas, no desenvolvimento de recursos humanos e no intercâmbio de informações que permitam a execução de estratégias multidirecionais. Também, melhorar a eficiência dos processos de execução por parte das Procuradorias e das Varas de Fazenda Públicas.

Esse conjunto de medidas mostra um fisco mais preparado e torna muito mais caro e arriscado o processo de sonegação fiscal. Assim, as empresas que insistirem neste caminho estarão fadadas a fracassar. Só a mudança de cultura e de gestão levarão ao sucesso.

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A taxa de desemprego no Brasil vem apresentando uma redução, ao longo dos últimos meses, mesmo que de forma moderada. A região Nordeste e o estado de Alagoas acompanham essas reduções, depois de registrar contínuas altas. Isso é o que mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Porém, dois setores obtiveram saldo positivo na geração de empregos formais e foram destaques nas últimas estimativas: Construção Civil e Agropecuária. E os investimentos em obras por parte do Governo Estadual foi um dos fatores que mais contribuíram para a mudança desta realidade.

 Baixe aqui o BOLETIM CONJUNTURA ECONÔMICA desta semana.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego apontou queda em 10 das 27 unidades da Federação no segundo trimestre em comparação com o trimestre anterior. Além disso, a taxa de desemprego média no Brasil recuou de 12,7% para 12%.

 

 Alagoas acompanhou esse desempenho e registra queda com relação à taxa de desemprego de 1,4% para o segundo trimestre de 2019, chegando a 14,6%. Após elevadas taxas de desocupação ao longo dos anos, estando situada acima em comparativo a região Nordeste, Alagoas se equipara a taxa de desemprego da região.

 

Os dados mostram, ainda, que a economia brasileira criou 43.820 empregos com carteira assinada em julho, apontando crescimento pelo quarto mês consecutivo na abertura de empregos formais no Brasil se considerados os primeiros meses até agosto. De janeiro a julho foram abertas 461.411 vagas formais, variação de 1,20% sobre o estoque.

 

Todas as regiões apontaram crescimento no mercado de trabalho formal em julho, a região Nordeste com saldo de 2.582 postos, 0,04% do total. Alagoas acompanhou o crescimento e registrou saldo positivo na geração de empregos formais em julho, de acordo com o (Caged). De acordo com o IBGE, os setores responsáveis pela guinada no estado foram a agropecuária, a indústria de transformação, a construção civil, o comércio e a mineração.

 

CONSTRUÇÃO CIVIL E AGROPECUÁRIA

Segundo os dados do Caged, o Estado de Alagoas abriu 1.470 vagas com carteira assinada, uma leve alta de 0,45% em relação ao mês anterior. De todos os setores, o único que acumula resultado positivo no ano é a construção civil, que abriu 1.439 vagas formais no período, uma alta de 7,12% em relação ao mesmo período de 2018.

 

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon), Alfredo Brêda, explicou que mais de mil vagas de emprego foram abertas até o mês de julho em 2019. Apesar de em várias áreas haver queda, a Construção Civil vem conseguindo, mesmo que timidamente, se recuperar.

 

O presidente atribui esse crescimento, principalmente ao Governo Estadual, que através do governador Renan Filho, vem investindo em obras para o desenvolvimento de Alagoas, assim como honrando com o pagamento em dia do salário do funcionalismo público.

 

“São obras em estradas, hospitais, unidades de saúde, mobilidade urbana. E um dos pontos mais positivos ainda é que as contratações ocorrem com empresas locais para a execução das obras, que seguem realizando os investimentos no próprio estado, diferentemente do que acontece quando se contrata empresas de outras localidades”, colocou.

 

A criação de postos de trabalho também foi puxada pela agropecuária, que abriu 658 postos com carteira assinada, um crescimento de 6,40% em relação a junho. Quanto ao crescimento de vagas no setor, o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Silva, enumerou alguns pontos que foram considerados importantes. “Numa análise que fazemos do atual quadro, alguns fatores foram importantes, entre eles o início da moagem da cana, aumento de áreas com pecuária em virtude da crise do setor canavieiro, normalização das chuvas e a retomada de alguns serviços como plantio e tratos culturais”, colocou.

 

INVESTIMENTOS DO GOVERNO      

  Alagoas vem se desenvolvendo nos últimos anos com as ações implantadas pelo Governo Estadual.  Segundo o Secretário de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL), George Santoro, a expectativa é que com os novos projetos e investimentos que o Governo promover, as vagas no mercado de trabalho, principalmente na construção civil, sejam ampliadas. “Esta semana, por exemplo, recebemos uma delegação do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para tratarmos de financiamentos de projetos em obras de duplicação de rodovias, saneamento, urbanização. A geração de emprego e renda para o alagoano é uma conseqüência de um trabalho sério do Governo, e apesar do quadro atual que o país vivencia, Alagoas segue se reerguendo em vários setores”, finalizou. 

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